domingo, 18 de maio de 2008

Resolvido


Dessa vez não quero dor.
Se não der certo eu desisto
Vou virar monge no Tibet
Viver de arroz e chá de flor.

Eu largo mão dessas farsas
Ou qualquer coisa que faça
Teus olhos olharem os meus
e enchê-los da tua graça.

E se Careca, sereno, aluado
alguém me encontrar certo dia
Buscando encontrar o nirvana
Do teu cabelo ondulado

Digam que eu endoidei
Tentei ser amante e não deu
Tentei ser poeta e não deu
Peguei minha lógica e dei.

Não inventem explicações
Não se desculpem por mim
Não resisti e morri
Matando a brava corrosão

Da alma tola e entregue
À alma dela, alma turva,
Perigoso pântano turvo
Em que imerso fui breve.

E acabando a palhaçada
Com o bucho cheio de amido
Chuto a bunda do cupido
E ao garçom peço cachaça!


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