segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Samba diferente


No meio da praça meu samba travou
Bateu num compasso diferente...
No meio da "troça" a idéia mudou
E eu resolvi ir mais à frente.

Todo mundo dança a dois por quatro
marcando o mesmo ritmo retardado
Por que a minha dança tem que ser assim?

Enquanto a "troça" trota atravessada
a minha mente muda essa levada
E eu vou mudando o samba por aqui

Eu to aqui é pra sambar diferente,
O samba da troça que acha que é maior
Não muda o samba da Gente.

Algumas palavras



Não há nada a dizer, mas alguma palavra geme, clama e reclama ser dita. Talvez por que as palavras não pertençam mais a mim, mas eu a elas. E elas expressam arbitrariamente o que deveria estar em algum rincão distante da superfície e entregam ao vento aquilo que me é mais valioso e oculto. São teimosas e dizem o que eu não podia dizer, mas dizem sempre o que precisava ser dito. Então minha pior nudez é exposta por essas mimadas palavras porque nelas está sem nenhuma máscara aquilo que sou. Entretanto nem todos sabem me ler e por isso às vezes não há nada a dizer... Mas ainda assim alguma palavra geme, clama e reclama ser dita e eu fico como um romance feito sob medida para quem se encontrar nas minhas palavras mimadas...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Maré maré

Amor, a maré subiu.
Amar é subir a maré,
Amar a maré,
Subir a maré de amar...
Maré do mar de amor.